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Projeto Água é Saúde entrega 1.600 filtros a comunidades indígenas do Alto Solimões, no Amazonas

Equipamentos de nanotecnologia filtram e deixam água do rio própria para consumo

Comunidades indígenas do Alto Solimões, no Amazonas, receberam 1.600 filtros de nanotecnologia, capazes de bloquear a passagem de microrganismos por meio de uma membrana. Em Tabatinga (a 1.118 quilômetros de Manaus), os equipamentos foram entregues a indígenas da etnia Ticuna nos territórios Taracuá e Louro, e também nas Terras Indígenas Kokama, Kaixana, Kambeba, Kanamari, Witoto e Maku-Yuhup. Já em Atalaia do Norte (a 1.138 quilômetros da capital), a ação beneficiou indígenas do Vale do Javari e das etnias Marubo, Kanamari, Matis, Kulina, Korubo e Tsohom-Djapa.

O projeto Água é Saúde é fruto de uma parceria entre a Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais – IRI Brasil, a entidade filantrópica Água é Vida e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai/Ministério da Saúde), com recursos doados pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Na primeira fase, o objetivo da ação é atender 10 mil famílias em 23 territórios tradicionais nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Maranhão.

“Nós unimos todos os esforços em prol do abastecimento de água de qualidade para as comunidades amazônicas. Sabemos a dificuldade que é ter acesso a esse recurso tão importante e essencial para a vida humana. Então, os filtros de nanotecnologia proporcionam esse benefício de forma segura e completamente eficaz”, disse Felipe Martins, diretor de ESG e integrante do projeto.

A nanotecnologia é acompanhada por um balde que armazena a água. Por meio de um QR Code, o projeto tem acesso a relatórios de monitoramento da localização e dados sobre as famílias beneficiadas. Em um mês, a iniciativa conseguiu alcançar 3.200 famílias. No total, a meta é chegar a 150 mil. O público-alvo corresponde a pessoas que sofrem diretamente com os efeitos das mudanças climáticas.

Os filtros são distribuídos por meio das unidades do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) em cada região da Amazônia. Assim que chegam às localidades, os voluntários do ‘Água é Saúde’ realizam um treinamento com os agentes indígenas que repassam as informações técnicas sobre o manuseio dos filtros às comunidades beneficiadas.

Sobre o projeto

A Organização Não Governamental está no Brasil desde 2015 e é oriunda de um trabalho consistente de assistência e apoio a populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas. Em 2025, para facilitar o entendimento sobre os objetivos das ações, a instituição passou a se chamar ‘Água é Vida’, reforçando o seu compromisso em atender as comunidades da Amazônia brasileira com o apoio de parceiros locais.

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