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Observatório lança estudo sobre segurança viária no Brasil

Como estão as vias e rodovias do Brasil em pontos como estrutura, gestão de trânsito, educação e fiscalização? Buscando responder a essa pergunta, o Observatório Nacional de Segurança Viária compilou dados públicos sobre as vias do país e divulgou os resultados em forma de um painel interativo online.

O Distrito Federal obteve a melhor nota geral nos Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança (IRIS), com classificação média de 4 nos quesitos avaliados. Em seguida, vieram Rio Grande do Sul (3,86) e, em empate triplo, Goiás, Paraná e Rio de Janeiro (todos com 3,71). As classificações vão de 1 a 5; quanto maior o número, melhor a avaliação.

A última posição — ou seja, com as piores condições de segurança viária — ficou com o Amazonas. O maior estado brasileiro em extensão territorial obteve nota 1,86, ficando atrás de unidades federativas como Pará (2,14) e, novamente em empate triplo, Amapá, Maranhão e Roraima (todos com 2,29). 

“A premissa do IRIS é fornecer indicadores para auxiliar os gestores públicos na implementação de ações que visem a redução de sinistros e mortes no trânsito do país, bem como políticas públicas para alcançar esse fim”, destacou Paulo Guimarães, CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária.

Segundo ele, o IRIS evidenciou desigualdades entre os estados brasileiros em temas como a integração de municípios ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), a qualidade dos dados do Registro Nacional de Entidades de Trânsito (RENAEST) e transparência dos Departamentos de Trânsito (Detrans).

Guimarães menciona que, apesar das exigências legais em vigor desde o Código de Trânsito Brasileiro (1997), ainda há milhares de municípios brasileiros fora do SNT, o que os impede de exercerem funções básicas como fiscalização, engenharia de tráfego e educação para o trânsito.

Sobre a qualidade dos dados do RENAEST, o IRIS apontou que há informações desatualizadas ou inconsistentes. Nesses casos, a ausência de padronização e transparência compromete o diagnóstico da situação viária local e prejudica a formulação de políticas públicas efetivas, alerta Guimarães.

O IRIS também analisou os sites oficiais dos Detrans em todo o país e identificou que apenas sete estados mantêm informações claras e acessíveis sobre a situação dos municípios, convênios e ações em curso. Em contrapartida, portais de estados como Roraima e Pará não apresentam dados básicos sobre a estrutura de trânsito local, acrescenta o CEO. 

“Surpreende o fato de os estados não preencherem todos os dados, conforme preconiza a legislação. Isso interfere no diagnóstico e pode comprometer a interpretação das informações”, diz Guimarães.

Tiago Bastos, membro do Conselho Deliberativo do Observatório Nacional de Segurança Viária, reforça a importância de dados atualizados e completos. “A criação de ações e campanhas educativas orientadas por dados aumenta a assertividade das iniciativas e amplia a possibilidade dos órgãos atingirem o objetivo final: a redução de sinistros e óbitos no trânsito”.

“O papel do Observatório nesse processo é reunir os dados, transformá-los em informações e fornecer um retrato aos órgãos gestores para que possam atuar de forma mais efetiva na gestão do trânsito. A atualização dos indicadores será anual e de livre consulta para todos os interessados”, complementa Bastos.

Para saber mais, basta acessar o site do Observatório Nacional de Segurança Viária: https://www.onsv.org.br/estudos/iris

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