Logística química segura redefine o Leste Fluminense
Eixo de grande importância econômica para o estado do Rio de Janeiro, o Leste Fluminense, se consolidou como uma área estratégica para o armazenamento e a movimentação de produtos químicos. A região, que abrange municípios como Itaboraí, São Gonçalo e Niterói, foi impulsionada pela sua localização estratégica e pela presença de megaprojetos. Entretanto, a convivência entre o polo industrial e as áreas densamente povoadas gera preocupações relacionadas à segurança.
A proximidade de operações que manuseiam produtos perigosos com ecossistemas sensíveis, como a Baía de Guanabara, exige a aplicação de protocolos de segurança rigorosos para mitigar potenciais impactos. A gestão logística na região abrange um volume significativo de produtos perigosos, decorrente de operações como as do Polo Gaslub, renomeado recentemente como Completo de Energias Boaventura e da indústria naval.
De acordo com a Resolução ANTT Nº 5.998/2022, que atualiza o Regulamento para o Transporte Terrestre de Produtos Perigosos, o gerenciamento seguro dessas substâncias depende de uma abordagem sistêmica, que abrange desde a correta classificação e embalagem até a sinalização e procedimentos de emergência.
Densidade populacional pede olhar técnico para armazenagem segura
A proximidade das indústrias com as áreas habitadas pela população exige que a gestão de risco empregada pelas empresas localizadas neste polo atinja níveis de alta qualidade. Cristiane Peixoto, química e especialista em Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde (QSMS), destaca que "armazenar produtos perigosos requer mais do que espaço: exige processos, sinalização adequada, Ficha de Dados de Segurança (FDS) atualizada e equipe treinada. A aplicação disciplinada de First-In, First-Out (FIFO) – em português "primeiro a entrar, primeiro a sair" — a rotulagem conforme ABNT NBR 14725 e a verificação periódica de integridade minimizam riscos e elevam a confiabilidade. Quando a operação é pensada de ponta a ponta, segurança e eficiência caminham juntas".
Essa visão técnica se traduz em um ecossistema operacional onde a segurança é pensada de ponta a ponta. A conformidade rigorosa com a Norma Reguladora 20 (NR-20), a disponibilidade imediata da Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) e a clareza da rotulagem ABNT formam a base para o manuseio seguro. A partir daí, a rastreabilidade é garantida pelo método FIFO e se estende por toda a cadeia, com o cumprimento estrito das normas de transporte da ANTT 5.998/2022.
O objetivo desta uma gestão integrada, por vezes chamada de "360º", é atender a requisitos de segurança estabelecidos pela NR-20 (NR-20) que determina, por exemplo, que as instalações devem prever a segurança operacional e o controle de fontes de ignição, visando a proteção da carga, dos trabalhadores e das áreas circunvizinhas. Diante do cenário de alta exigência técnica e de responsabilidade socioambiental, a contratação de operadores logísticos especializados tem sido vista por especialistas como um fator estratégico.
Empresas locais aplicam processos de segurança rigorosos
A VATIS Logística, empresa localizada no Leste Fluminense e especializada em armazenamento de químicos e produtos perigosos, vem adotando processos de segurança rigorosos em suas instalações e enxerga o processo como essencial para garantir a satisfação do cliente. "No Rio de Janeiro, armazenar produtos químicos com segurança não é só cumprir norma — é garantir continuidade de negócios e responsabilidade com a vida e o meio ambiente. Na VATIS Logística, unimos infraestrutura no Leste Fluminense e processos rigorosos para oferecer total conformidade e eficiência aos nossos clientes", destaca Samir Carvalho, SEO da empresa.
Para isso, a empresa, que possui um espaço de mais de 275.000 metros quadrados, conta com armazéns segregados por classe de risco, bacias de contenção e avançados sistemas de combate a incêndio. A realização de auditorias constantes foi um processo incluído na rotina da VATIS Logística para assegurar a melhoria contínua dos processos, atendendo aos exigentes padrões de segurança.
Carvalho enfatiza que o engajamento de todo o corpo operacional foi o pilar para consolidar a cultura de segurança da empresa. "Após qualificar nossa equipe nos protocolos rigorosos do QSMS, percebemos que investir em uma gestão operacional que garanta a rastreabilidade e controle de inventário via WMS com método FIFO seria um passo chave para assegurarmos a segurança máxima em todas as nossas operações", conclui. Hoje, essa união entre um time treinado e sistemas modernos é o que permite que as empresas do setor entreguem operações seguras e em total conformidade.